Castelo de Oleiros

Povoado fortificado sobranceiro ao rio onde ainda hoje se vislumbram as muralhas e, no seu interior restos de habitações. Surgem por vezes, pedaços de fustes. Uma das muralhas foi rompida.

Classificado com a categoria IIP – Imóvel de Interesse Público, pelo decreto nº 29/90, DR, 1.ª série, n.º 163 de 17 julho 1990.

Proto-história – construção; séc. 9 / 10 – Provável reutilização com reconstrução de trechos de muralhas.

Enquadramento rural, isolado num outeiro, ficando sobranceiro ao rio Douro e no meio de campos de cultivo.

Algumas dos restos de muralhas poderão ser da época leonesa o que indicará reutilização.

Capela de São Fagundo – “Igreja dos Mouros”

Capela medieval de planta poligonal composta por nave e capela-mor mais baixa e estreita. Fachada principal com portal de volta perfeita e arco triunfal em arco apontado. Encontra-se quase completamente arruinada, relacionada com um culto actualmente pouco comum, mas que pode corroborar a hipótese de uma construção medieval, pois tratava-se de um santo devocionado nesse período artístico. Mantém parte da fachada principal e do arco triunfal, com perfis distintos, em volta perfeita e apontado, respectivamente, denotando uma construção de transição do românico para o gótico.

Planta poligonal irregular, composta por dois corpos justapostos, de volumes articulados. Do imóvel pouco resta, só podendo ser observada a fachada principal em cantaria aprente com aparelho isódomo, e o arco cruzeiro. Fachada principal virada a O. com portal de volta perfeita, delineado por uma fiada de aduelas de formato regular e dimensões similares, sem interrupção de impostas, que se prolonga verticalmente e constitui os seus pés-direitos. Possui o intradorso saliente do pano murário em que se inscreve. Exibe, ainda, uma camada pictórica. Das fachadas laterais restam pequenos muros. Arco triunfal de perfil quebrado, delineado por uma fiada de aduelas uniformes e de idêntico tamanho, mas interrompida por impostas lisas salientes, definindo os seus pés-direitos. Possui igualmente um intradorso saliente em todos o seu perímetro, dentro da própria estrutura do arco. Na zona da primitiva nave, subsistem sarcófagos antropomórficos e pedras aparelhadas soltas.

Cronologia

Época medieval – construção do imóvel *1; séc. 20, inícios – referência de um sítio denominado São Facundo, a quinhentos metros a N. de Urrós, já no termo da povoação, onde existiam dois arcos, um de perfil quebrado e outro de volta perfeita, tratando-se das ruínas de uma capela que ali houve dedicada a esse santo ( abade de Baçal, vol. IX, p. 694 ); 1988, Maio – a Junta de Freguesia de Urrós apresenta a Câmara Municipal de Mogadouro um pedido de classificação do templo, já em ruínas; 1988, Novembro – o parecer do IPPC assinala a necessidade de recuperar a capela e o tratamento da envolvente paisagística; 1989, Setembro – na informação do IPPC, aconselha-se uma limpeza da vegetação em simultâneo com a consolidação das estruturas existentes; 1990, Novembro – determinação da classificação do imóvel como valor concelhio; 1994 – ainda mantinha parte da cobertura, a duas águas, se bem que arruinada.

Estação Ferroviária de Urrós

Estação ferroviária da Linha do Sabor, construída no séc. 20, conservando ainda o edifício de passageiros, o cais coberto fechado, o edifício das instalações sanitárias, dois edifícios de habitação e um depósito de água, ainda que em mau estado. O edifício de passageiros tem planta retangular e fachadas de um piso, com silhar de azulejos policromos, sendo dividido em duas zonas, uma destinada à habitação do chefe de estação e outra correspondente à área de serviço e do público, com alpendre virado à linha. A ligação ferroviária era feita em via estreita (bitola métrica) entre a estação do Pocinho (Linha do Douro) e a estação de Duas Igrejas.

CONJUNTO composto por edifício de passageiros (EP), cais coberto (CC), edifício de instalações sanitárias (WC), edifícios de habitação de pessoal e depósito de água. O EDIFÍCIO DE PASSAGEIROS tem planta poligonal e fachadas de um só piso, rebocadas e pintadas de branco, percorridas por socos em cantaria e por silhares de azulejos de padrão policromo. A fachada principal surge virada a sul e nas laterais existem dois painéis de azulejos toponímicos. O INTERIOR é dividido em duas zonas com áreas semelhantes, a disposta a leste correspondente à habitação do chefe de estação, e a disposta a oeste correspondente à área pública, com sala de espera e alpendre virado à linha, e a de serviço, com área de telégrafo, bilheteira e despachos. As paredes são percorridas por silhar de azulejos de padrão policromo.

Bodegas

  • Nesta página: